João Câmara atravessa um momento crucial de sua trajetória política. A população manifestou claramente seu desejo por mudanças, e os vereadores, enquanto legítimos representantes do povo, têm o dever de atender a esse chamado. A questão que proponho aos vereadores da base da atual gestão é: ainda faz sentido permanecer alinhados a um sistema rejeitado pela maioria dos cidadãos?
O atual prefeito Manoel e o ex-prefeito Maurício Caetano deixaram heranças políticas que geram questionamentos. Maurício, que teve seu mandato interrompido por cassação e posteriormente perdeu as eleições, continua a ser uma liderança, mas sem apoio significativo da população. Já o atual gestor encerra seu governo marcado por promessas não cumpridas e por uma administração que muitos apontam como desastrosa, resultando em um estado de abandono inédito para João Câmara.
A pergunta que se impõe é: até que ponto os vereadores que ainda apoiam esse sistema continuarão presos a ele?
Durante o período eleitoral, cada prefeito teve seus candidatos preferidos, o que demonstra que o sucesso eleitoral dos vereadores do União Brasil e do PP foi mérito exclusivamente deles.
Mais preocupante ainda é o fato de que, atualmente, nem mesmo os eleitores de Maurício e Manoel parecem dispostos a defendê-los. O desgaste político do sistema é inegável, e os vereadores que insistirem em manter alianças com lideranças rejeitadas correm o sério risco de se distanciar daqueles que deveriam representar. A prova disso foi visível nas eleições deste ano: os vereadores que mais apostaram no voto casado com Maurício amargaram derrotas, como aconteceu com Kelly Cristina, Armstrong Bezerra, Talita Bezerra (irmã da prefeita eleita) e até mesmo o irmão de Maurício Caetano.
O momento exige determinação e reflexão. Os parlamentares devem priorizar o futuro de João Câmara, colaborando para construir uma cidade mais justa e promissora. A população já deixou claro seu desejo por mudança e espera que seus representantes tenham a coragem necessária para romper com um sistema que, na visão geral, já não atende às necessidades do município.
Agora é a hora de pensar: quais vereadores escolherão permanecer ao lado do sistema que abandonou João Câmara, e quais decidirão se unir ao projeto que o povo escolheu para liderar a cidade nos próximos quatro anos?