A governadora Fátima Bezerra reuniu nesta segunda-feira (13) o Comitê Estadual de Monitoramento das Chuvas para discutir ações relacionadas às recentes precipitações registradas em Natal.
A governadora determinou que os representantes da gestão estadual identifiquem locais de risco e avaliem a situação das chuvas. O comitê, segundo Fátima Bezerra, permanecerá mobilizado até a normalização da situação.
“Estamos aqui para informar à sociedade e à população que o governo, por meio do comitê de acompanhamento, está atuando de forma integrada. Com a presença de órgãos estaduais e federais, o governo mantém um estado de alerta permanente, trabalhando para garantir à população condições de tranquilidade e segurança”, declarou a governadora.
Em Natal, as chuvas não causaram ocorrências graves. Os problemas foram pontuais na Zona Norte, com abertura de uma cratera na Avenida Nossa Senhora do Ó, e com alagamentos de vias em alguns pontos da cidade. De acordo com a Defesa Civil Estadual, não houve riscos para moradores ou construções. Além disso, um trecho da engorda de Ponta Negra — o aterro hidráulico da orla — ficou alagado devido ao extravasamento da rede de drenagem da região.
Segundo dados meteorológicos, Natal registrou 44 mm de chuva nas últimas 24 horas. A Defesa Civil Estadual segue monitorando as condições climáticas com o suporte de uma meteorologista, que analisa e compila os dados para dar suporte aos municípios potiguares.
O encontro aconteceu no gabinete da Governadoria do Estado, sede do governo estadual, e contou com a presença de representantes das secretarias de Saúde, Segurança, Assistência Social, Infraestrutura e Recursos Hídricos, além de integrantes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Polícia Rodoviária Estadual e Exército.
O meteorologista Gilmar Bristot explicou que, nos próximos 10 dias, as chuvas ficarão mais concentradas no interior do que no litoral. “As condições de chuva estão mais frequentes no interior, e, nesta época do ano, é comum chover mais nessas regiões do que no litoral. É um período de chuvas mais comum para as regiões Oeste e Central”, explicou.
Bristot acrescentou que a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) continua monitorando os sistemas meteorológicos. As chuvas recentes foram causadas por uma faixa de instabilidade atmosférica que ocorre, principalmente, durante a madrugada.
“Se houver um sistema bem definido atuando, ele pode causar chuvas em diferentes áreas. O trabalho nesta época do ano é monitorar as condições, observar o fluxo de umidade e a estabilidade, e acompanhar como os eventos se desenrolam. Se houver uma nova precipitação no fim de semana, ela poderá ser um pouco mais forte, mas sem causar grandes transtornos”, ressaltou.
Outra ação discutida foi o levantamento da situação das reservas hídricas do Rio Grande do Norte, com a análise de segurança das estruturas das principais barragens e açudes do estado. Segundo dados do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (IGARN), as reservas hídricas do estado alcançaram 2,8 bilhões de metros cúbicos, o que representa 61,63% do total. Em 2025, o volume é 11,25% maior que no período de 2024, quando a reserva era de 2,2 bilhões de metros cúbicos.
O secretário adjunto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), Francisco Auricélio de Oliveira Costa, destacou que o aumento no volume de água nos reservatórios reforça a importância da prevenção em barragens e açudes. “Com isso, há maior probabilidade de situações de inundação localizada. Se tivermos um inverno com chuvas acima da média, a probabilidade de situações críticas será maior. Isso reforça a necessidade de estarmos preparados e atentos a essas questões”, encerrou.
ASSECOM-RN