quarta-feira, 19 de março de 2025

Mulher é agredida por marido, vai à delegacia pedir medidas protetivas e é presa por engano


Uma mulher foi presa por engano no domingo (16) em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, depois de procurar a delegacia para denunciar o marido e pedir medidas protetivas por ter sido agredida.

Debora Cristina da Silva Damasceno, de 42 anos, passou três dias presa. Ela ganhou liberdade nesta terça-feira (18) depois da Justiça reconhecer o erro. Ela foi confundida com uma mulher procurada por tráfico de drogas. Apesar do nome quase igual, com um sobrenome a menos, a foragida da Justiça é de Minas Gerais e oito anos mais nova.

“Tô sentindo uma tristeza forte, uma saudade da minha mãe e muito indignado com a Justiça. Só imaginando o horário dela sair e ter ela de novo”, desabafou o filho Fabrício Damasceno na porta do presídio.

No dia em que chegou na delegacia, o registro de ocorrência confirmava que a vítima chegou machucada, mas ainda assim ela recebeu voz de prisão.

Erro da Justiça de MG
Os policiais encontraram no sistema um mandado de prisão por tráfico de drogas e associação criminosa.

A família chegou a apontar para as principais diferenças entre as duas mulheres: a procurada não tinha o sobrenome “da Silva” e era oito anos mais nova.

A filiação e o endereço também eram diferentes. A procurada é de Belo Horizonte, de onde o mandado de prisão também era e lugar para qual a mulher nunca viajou.

Na audiência de custódia, a Justiça chegou as inconsistências e reconheceu o erro.

Na ordem de soltura, o juiz Alex Quaresma Ravache escreveu que o mandado de prisão foi expedido pela comarca de Belo Horizonte e decidiu encaminhar todos os documentos que comprovam o equívoco.

A Justiça mineira expediu uma certidão confirmando que houve erro ao incluir o sobrenome Silva no mandado de prisão contra a Débora, de Belo Horizonte, e determinou a soltura da presa por engano.

Por conta da burocracia, a mulher só deixou a cadeia por volta das 18h.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais disse apenas que houve um equívoco no mandado de prisão expedido contra a Débora.

A Polícia Civil disse que apenas cumpriu o mandado que estava no sistema. Sobre a agressão sofrida pela vítima, a polícia afirma que a investigação está em andamento e que solicitou as medidas protetivas para ela.

Com informações de g1

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