O turismo de cruzeiros no Rio Grande do Norte, apesar do grande potencial, ainda é pouco explorado. Um estudo do Sebrae-RN, encomendado pela Codern e a Secretaria de Turismo do Estado, revelou que o impacto econômico atual do setor (R$ 3,5 milhões em 2023, com 2.539 passageiros) pode chegar a R$ 89,5 milhões, com até 63 mil turistas, caso sejam feitas melhorias em infraestrutura, captação de navios e parcerias comerciais.
O Porto de Natal está atrás de Recife e Maceió nesse segmento. Para reverter esse cenário, o estudo propõe obras como a dragagem do Rio Potengi e criação de uma nova bacia de fundeio antes da Ponte Newton Navarro, possibilitando que grandes navios parem na cidade com transfer de passageiros por embarcações menores — modelo usado em destinos como Búzios e Ilhabela.
Atualmente, 14 navios estão programados para atracar em Natal entre 2025 e 2026, sinal de que o destino já desperta interesse, mesmo sem ações de prospecção ativa. O estudo também aponta a necessidade de campanhas de divulgação e promoção do destino, além de aproveitar melhor o Terminal Marítimo de Passageiros, que está subutilizado desde sua construção em 2014.
Especialistas destacam que o turismo de cruzeiros requer não só infraestrutura adequada, mas também uma estratégia comercial ampla. A região ainda não tem força econômica ou integração entre cidades como Fortaleza, Natal e João Pessoa para atrair grandes cruzeiros, mas há espaço para crescer com embarcações menores e de luxo.
Em resumo, Natal tem potencial para se tornar um destino importante de cruzeiros, mas precisa de investimentos, planejamento estratégico e ações coordenadas para alcançar esse objetivo.
Com informações da Tribuna do norte
