Em Natal algumas categorias dos setores públicos e privados aprovaram adesão à Greve Geral, e vão interromper suas atividades como forma de protesto ao andamento dos projetos. Confira algumas categorias que irão aderir à “Greve” na capital potiguar:
Rodoviários
Em todo o Brasil, a circulação da frota de ônibus foi definida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em audiência realizada nesta quarta-feira 26. No Rio Grande do Norte, o número de veículos disponíveis à população será reduzida à 40% em todos os municípios.
Bancários
Na terça-feira 25 os bancários decidiram em assembleia que participariam ativamente do ato. A adesão será total e nenhuma sede bancária funcionará. O sindicato da categoria diz que “no RN os bancários prometem intensificar a movimentação e o diálogo com a sociedade para mostrar a toda a classe trabalhadora que os ataques são contra todos, e somente unidos será possível barrar um retrocesso tão grande”.
Segurança
Agentes Penitenciários do Estado e Policiais Civis também irão se unir às categorias e aderir à paralisação. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol), a paralisação dos Agentes e Escrivães no Estado será durante todo o dia. Com isso, apenas delegacias de plantão irão funcionar, tanto em Natal como no interior. No sistema carcerário, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do RN (Sindasp/RN), 30% do efetivo continuará trabalhando para fornecimento de alimentação dos presos e serviços de socorros médicos ou emergências.
Centrais do Cidadão
Os expedientes nas Centrais do Cidadão também foram canceladas pela secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas). Em nota, a secretaria aponta que os serviços de transportes, assim como uma possível grande manifestação, irá inviabilizar a locomoção dos servidores. Com exceção da Central no Shopping Via Direta, que funciona no sábado, as demais só irão retornar na terça-feira 02.
Petroleiros
De acordo com Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro/RN), os trabalhadores administrativos e operacionais que atuam na Petrobras e em algumas empresas privadas do Estado, votaram a favor da adesão da categoria à Greve, e irão para as atividades no setor. Em nota, o sindicato aponta que “o movimento repudia as contrarreformas previdenciária e trabalhista, a terceirização ilimitada, o entreguismo (sic) das riquezas nacionais”.
Correios
Os trabalhadores dos Correios estão em greve desde quarta-feira 26. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) antecipou a paralisação devido as possibilidades de privatização e demissões em larga escala, decorrentes da crise econômica que passa o setor. A categoria, consequentemente, engrossa as mobilizações de sexta-feira, porém seguem em greve por tempo indeterminado.
Servidores
Em assembleias, os servidores tanto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) como da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), anunciaram adesão à paralisação de sexta. Durante a assembleia da UFRN, a categoria inclusive aprovou que “viabilize um ato radicalizado no dia da greve geral”.
Professores
As aulas nas escolas e universidades públicas do Rio Grande do Norte também foram canceladas após os servidores da educação aderirem a paralisação em assembleias. Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte) disseram que a assembleia também serviu para os trabalhadores protestarem contra o atraso de três meses de salário. Eles exigiram que o pagamento volte a ser feito em dia.
Ato começará às 15h no cruzamento das Av. Bernardo Vieira e Salgado Filho
Além da paralisação dos serviços pelas categorias de trabalhadores públicos e privados, em Natal, o Fórum das Centrais Sindicais em conjunto com a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo realizam uma manifestação no intuito de reafirmarem um posicionamento contrário as reformas do Governo Federal.
Pretendendo concentrar os manifestantes a partir das 15 horas da sexta-feira 28, em frente ao shopping Midway Mall, localizado em Tirol, Zona Leste de Natal, os organizadores dizem realizar uma caminhada até o shopping Via Direta, em Lagoa Nova.
Em evento intitulado de “Greve Geral”, as organizações que estão na frente da mobilização se dizem protestar contra o “presidente ilegítimo Michel Temer e seus comparsas que querem que o trabalhador pobre pague a fatura da crise”.
“As reformas significam acabar com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) fazendo com que não exista mais direitos básicos como a jornada de trabalho e salário mínimo. Além disso, a aposentadoria ficará cada vez mais distante e a previdência social será desmontada”, diz o evento.