
Candidatos do centro se uniram neste domingo, 30, no penúltimo debate antes do primeiro turno das eleições, para atacar o líder das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), que recebeu alta do hospital após 23 dias internado, mas não compareceu ao evento realizado pela Rede Record por indicação médica, e Fernando Haddad (PT). Bolsonaro, mesmo não estando presente, se tornou uma espécie de participante oculto do encontro. Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede) colocaram-se como representantes do eleitorado que não quer nem o radicalismo de direita nem o de esquerda, em referência a Bolsonaro e Haddad.
Na reta final da campanha – o primeiro turno das eleições ocorre neste domingo, dia 7 –, os presidenciáveis tentaram, mais uma vez, romper a polarização e avançar sobre o eleitorado de Bolsonaro se apresentando como ‘terceira via’. Já o petista Fernando Haddad, também atacado, foi o que mais poupou o candidato do PSL, seguindo a estratégia de levar o confronto para um eventual segundo turno, caso as pesquisas de intenção de voto se confirmem.
Líderes, Bolsonaro e Haddad marcam 28% e 22%, respectivamente, na última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. No segundo turno, a mesma sondagem mostra que Haddad venceria Bolsonaro. Ciro, em terceiro lugar, tem 11%; Alckmin soma 8%; Marina marca 5% e Meirelles, 2% das inteções de voto.