Carlo Madeiro, Colaboração para o UOL, em Maceio
O reforço policial, a transferência de líderes de ataques e a prisão de 403 suspeitos até esta segunda-feira (21) não foram capazes de cessar a onda de atentados que aterroriza o Ceará desde o dia 2 com mais de 200 ocorrências já registradas entre incêndios e explosões a viadutos, torres de transmissão, veículos e prédios públicos e privados.
O UOL apurou que o poder prolongado de fogo das facções está causando surpresa às autoridades locais e federais. Especialistas ouvidos confirmam que a força dos grupos foi subestimada –o que faz com que a onda de violência se estenda por um período maior que o esperado, mesmo com o reforço de 700 policiais da Força Nacional, de outros estados e da reserva da PM (Polícia Militar) do Ceará em operações.
Segundo uma fonte do governo, a estimativa máxima inicial era que os ataques cederiam em até uma semana, especialmente após a chegada da Força Nacional. “Nenhuma outra série de ataques, nem aqui, nem no país, durou tanto tempo. Mesmo caindo em número, há surpresa da atuação prolongada”, disse o investigador ouvido sob sigilo de identidade. Essa é quarta série de atentados que o estado enfrenta desde 2016.