O governo federal gastou R$ 149,6 milhões em viagens internacionais durante o primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O índice é 28% menor na comparação com o último ano do ex-presidente presidente Michel Temer (MDB) à frente do Palácio do Planalto, quando o montante chegou a R$ 208,7 milhões, em 2018.
O (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, mapeou as viagens dos ministros de Bolsonaro no ano passado, com base em prestações de contas publicadas pelo Portal da Transparência.
Ao todo, foram 142 deslocamentos. Somente os chefes de ministério foram responsáveis pelo gasto de R$ 1.685.915,83 aos cofres públicos. Neste panorama, o ministro que mais viajou foi o chanceler Ernesto Araújo, titular do Ministério das Relações Exteriores. Ele embarcou rumo a destinos internacionais 26 vezes no ano.
A sequência do ranking é composta pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o astronauta Marcos Pontes, e de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque. Os três viajaram 11 vezes cada.
As duas únicas mulheres do governo Bolsonaro a chefiarem ministérios guardam também a coincidência de terem viajado o mesmo número de vezes. Tereza Cristina, da Agricultura, e Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos, saíram do Brasil 10 vezes cada uma.
O (M)Dados também listou os três ministros que mais gastaram com viagens internacionais. Marcos Pontes lidera o ranking: em 2019 o governo desembolsou R$ 241.570,83 em idas ao exterior.